5/27/2009

felicidade veste 50

Postado por Quanta Luz |

Pra ser sincero eu não fazia muita idéia do que falar quando me sentei hoje, aqui no nosso sofá. Até que eu me toquei que ainda não conversamos sobre um assunto que em matéria de mulher já virou clichê: o peso! Se há um jargão ou até uma espécie de cumprimento secreto de auto-reconhecimento entre as mulheres, ele certamente será o "tô gorda".
Não há um santíssimo dia em que elas esqueçam do peso! Tudo que elas fazem ou decidem baseia-se no quilos que estão carregando atualmente. A roupa com que elas saem de casa definitivamente têm a ver com o número que aparece na balança e usar preto é a técnica básica de toda boa escondedora-de-gorduras. Batinha, blusa soltinha e vestidos vaporosos são todos itens sagrados no guarda-roupa destas mulheres padrão-36.
Vez ou outra elas me bombardeaim:

"Eu to gorda?"

Mon Dieu. Conselho aos homens: nessas horas o melhor a se fazer é mudar de assunto, acredite. Se você disser que sim, ela vai ficar com raiva porque você está chamando ela de gorda... E se, por outro lado, você diz que não, ela fica com raiva mesmo assim porque acha que você está mentindo pra ela. No fim das contas, esta é apenas uma pergunta retórica que ela faz mais pra si mesma numa tentativa esperançosa de que alguma entidade divina lhe responda dizendo que ela está linda. As mulheres, aliás, vivem numa espécie de ciclo de engorda e desengorda incessante e repleto de contenções e exageros. Sem perceber, entram num jogo de fases (claro que tem fases!). Identifiquei algumas.
A fase 1 é quando ela está lá comendo e, de repente depois de ter devorado tudo, ela diz: "gente, não posso comer isso não, tô gorda... me dá um pedaço dessa torta ai?" (¬¬). Fase 2 vem quando ela diz "não posso comer isso" antes de comer e quando, mesmo assim, ainda come tudo. A partir da fase 3, a coisa começa a ficar realmente séria. Aqui elas olham, desejam e realmente abrem a boca apenas pra se justificar num tristinho "não, quero não, tenho que emagrecer..."
Pronto. Quando elas mudarem o discurso do to-gorda pro tenho-que-emagrecer, se prepare que ela já está inventando um novo tipo de regime. Existem vários deles, uns loucos, outros sem noção e tudo a curto prazo. Muitos destes tem a ver com chupar limão ou tomar muita água gelada. Até simpatia existe pro caso. Conheço uma mulher que fez uma dessas... Num copo de água com gás ela deveria colocar o numero de grãos de arroz que correspondessem ao peso que ela queria perder e tomar tudo ao final do dia. Repetir por três vezes. Prometia emagrecer sem esforço e a recomendação era a de não colocar grãos a mais do que os quilos que se desejava perder sob o risco das gorduras perdidas voltarem em dobro. Não preciso contar qual foi o resultado né?
A verdade é que a maioria das mulheres não está satisfeita com seu peso. Elas começam a gastar esforços em regimes entre 12 e 14 anos (ou até menos) quando ingressam neste tresloucado baile do acasalamento que é o da jovem sociedade humana. E alias, em toda espécie animal, as fêmeas ou os machos vem a desenvolver suas formas de sobressair-se em matéria de relacionamento. O macho pavão exibe a exoticidade de suas penas, os flamingos ficam mais rosados que o normal e as macacas gritam. As mulheres por outro lado e dentre outras coisas, ficam magras. Vulgo: gostosas.
Mas as coisas não foram sempre exatamente assim. De fato, houve um tempo em que as gordinhas comandavam o pedaço. As muitas curvas eram um símbolo de riqueza, vitalidade e um atrativo aos homens da época. As mulheres eram retratadas nas pinturas com todos os quilos a mais que hoje sabotam e frustam as mulheres modernas. O que terá acontecido com aquele padrão feminino?
Bom, tudo foi um processo. Alguns defendem que a postura magra e esguia seria uma maneira de vida criada por uma elite em seu desejo de aparecer, ou sobressair-se esticando a silhueta. Eu acredito na vertente que diz que o modelo de mulher magra acompanhou as transformações que elas presenciaram nos próprios armários com o transcorrer dos tempos, nitidamente a partir da primeira metade do século passado.

"Para as mulheres (...) a evolução é bastante sensível: os corpetes e as cintas recuam, cedendo espaço às calcinhas e sutiãs. As roupas se encurtam e as meias valorizam as pernas. Os tecidos mais macios revelam discretamente as linhas do corpo. A aparência física passa a depender mais do próprio corpo, e portanto é preciso cuidar dele. As revistas femininas alertam suas leitoras sobre esse ponto, ganhando uma nova seção: a ginástica diária. (...) insistem que as mulheres, se quiserem conservar os maridos, devem se manter atraentes."

Historia da vida privada, vol. 5. Phlippe Ayrès e Georges Duby.

É claro que da mesma forma, o sistema mídia tem uma forte influencia na definição desse perfil que as mulheres seguem nos dias atuais. Com a partida dada na revistas especializadas já na segunda metade do século XX, todos os veículos de comunicação passaram a circular o esteriotipo esbelto adotado como padrão de beleza feminina. Um sistema cruel, se pensarmos bem. Por um lado o mundo publicitário nos estimula a comer através daquelas propagandas que fazem até o cachorrinho da família salivar, e por outro faz uma consistente intimação à magreza. Exaltam a boa mesa simultaneamente ao regime, e a arte culinária a dietética.
Hoje quando elas me dizem que estão gordas, sei que o fazem em resposta a um corpo que na maioria das vezes só elas conseguem ver. Em muitos desses casos ninguém mais está ciente, senão elas mesmas, de toda essa gordura sobrando para fora. A pressão de uma sociedade que lhe dita "você tem o corpo que você merece" aliada a procura, muitas vezes insana, de um alguém que lhe seja o par perfeito (ou não), produz uma espécie de 'nóia' coletiva em relação ao peso. A balança é o juíz do qual virá o veredicto "você está gorda" ou "você está magra".
Pra entender um pouco de como isso se aplica na prática, só preciso andar com elas por alguns quarteirões no centro da cidade. Basta aparecer uma farmácia que os olhos delas se detêm de imediato numa balança... Ali elas interrompem o passo (me arrastam pelo braço) e sobem em cima daquele contador de quilos que lhe dará o veredicto. O curioso, inclusive, é quando elas sobem na balança e, discretamente, colocam a mão em cima do visor para que ninguém mais veja os números que apareçeram ali! Elas sempre fazem isso! Como se estivessem com o receio de que, de alguma maneira, o resultado seja aquela sentença que as joga pro lado de fora do padrão desejado, transformando-se até num movimento contrário ao de todos e que, como um, faz com que cada olhar se virem para elas.
Mon Dieu!
Vamos maneirar um pouquinho né. Tá certo que é bom estar com o corpo em dia, mas sem exageros. O peso deve ser um detalhe, um dos aspectos, e não o fator primordial da vida social. Eu particularmente acho um exagero essas coisas... Beleza não deveria nunca jamais estar associada a magreza. Vejam aquela brasileira por exemplo, a Fluvia Lacerda (foto), que tá fazendo o maior sucesso como modelo fotográfica lá nos Estados Unidos,e levantando a bandeira contra a ditadura da magreza. Ela veste manequim 48, uma realidade bem longe do 36, e justamente por isso tem atraído a atenção de grifes e revistas. Hoje ela é pioneira e representante absoluta de uma nova categoria que evolui com ela: a das modelos 'plus size'. Fluvia pretende mostrar que as mulheres podem ser lindas e cheias de poder, sem se importar com os quilos extras.
Indo mais além, é bem possível que o reinado da magreza esteja comprometido. A evidencia de um novo padrão de medidas se mostra mais e mais forte. Antes era somente um burburinho de backstage, e hoje tem-se notado a importância bem como a lucratividade que se pode gerar por meio de uma democratização das medidas. A Dove foi a primeira grande marca a propor o fim da magreza. Acho que é de 2007 a campanha "O Sol nasceu pra todas" que a marca lançou utilizando modelos fora dos padrões pré-determinados (abaixo).

Diria até que a adesão pelas novas curvas possui um Hino. A música se chama Big girl (you are beautiful), do cantor inglês Mika, e é uma contagiante exaltação aos ditos 'quilos a mais'. A música, letra e clipe, são uma combinação infalível de como ser feliz do jeito que se é, com os quilinhos mesmo.
Ah! E quanto aquele regime, bom... aproveita e deixa ele pra segunda né! Não é sempre assim que vocês fazem? "Segunda eu começo meu regime!" rsrsrs E fazem certo! Regime tem que ser bem de leve... Até porque o peso definitivamente não nos define e porque todo mundo merece fazer brigadeiro e ir comer escondido pra que ninguem mais coma.
Vocês não acham também?
Fashion é ser feliz.
fica a dica!

5/15/2009

yes, we love a muído!

Postado por Quanta Luz |

Toda vez que eu escrevo um texto aqui ele invariavelmente trata de um assunto que tem sido recorrente no dia-a-dia e do qual elas conversam várias vezes. O que tenho ouvido no backstage feminino durante os ultimos dias tem a ver com isso que todos e todas já tiveram, tem, e ainda terão: um muído!
Bom, pra quem não está acostumado com esse dialeto o muído é, antes de tudo, um processo. Algo que está em curso, que está para se concretizar, ou não. Tem a ver com duas pessoas que estão no meio do caminho para algum tipo de relacionamento e que por isso, sempre que se encontram, um elefante cai de pára-quedas no meio da sala. É quando você fica com alguém e continua ficando numa ficada que é realmente mais do que uma ficada. Moer, segundo a velhota da sua professora de gramática, recebe a classificação de verbo transitivo indireto, isto é, você mói com alguém e não alguém... até porque, do contrário, a coisa já teria migrado para um comportamento aborígene canibalista.
Deu pra entender assim?
Mon Dieu... Isso é dificil de definir. Na verdade quando o assunto é muído, tudo é vagamente indefinido e nada é realmente uma certeza. Acho que a intenção dele existir é justamente essa: deixar as coisas no ar, mas sem permitir que elas voem para o espaço. Um gigantesco meio termo que meiotermoaliza uma coisa que é inmeiotermoalizavel.
Hã?!
É... muído é uma coisa complicada de se entender mesmo. A menos que você já tenha vivido uma situação dessas você jamais vai compreender por completo. O muído, aliás, sofre de um grave problema de comunicação entre as partes interessadas. O que acontece é que existe um cuidado de ambos os lados em não transparecer interesse para não "dar na cara" que um está afim do outro e este outro achar que você que está indo atrás dele e não o contrário (ufa!). E como esse é um sentimento que afeta os dois lados, o resultado acaba sendo, muitas vezes, um grande desentendimento porque ninguem sabe ao certo o que fazer quando não tem certeza se o que um sente pelo outro é recíproco.
Ai começa toda aquela agonia de vida. Você tá lá no MSN e de repente sobe a janelinha: "'amor da sua vida' entrou." Pronto, a sensação é de ter engolido um balde de gelo. Você corre pra abrir a janela principal pra ver qual é a mensagem do nick, ver o que está escutando e, principalmente, para abrir uma página de conversa e passar dez minutos olhando do teclado para tela, pensando se deve falar ou esperar que a pesssoa fale com você primeiro. O problema é: será que você significa para aquela pessoa o mesmo que ela significa pra você? E se só for você que tá fantasiando as coisas e, na verdade, não existe muido nenhum?
A salvação dessa história toda é quando o "casal" se encontra sem querer querendo nesses eventos aos quais todos nós vamos. Tudo consipira... A meia luz, muita gente que não dá conta de nada, o show rolando, o alcool lubrificando as relações humanas e...
Pah!
Vocês ficam, para o alivio de todos. Toda aquela vontade represada durante dias é liberada quando se abre as comportas linguais. Nessas horas fica tudo certo e a sensação é de "ora, sempre foi assim!!". Mas o dia seguinte da ficada com um muído varia. As vezes ele é muito bom, você acorda pensando naquela pessoa e (olha só!) clica no msn sem medo e começa a conversar. O outro dia pode também ser um arrependimento. É...porque esse tipo de carne humana moída também tem esse lado. É o caso dos muidos que já são muidos há tanto tanto tanto tempo que já ficou ridiculo e ninguém consegue colocar um ponto final. A gente já conversou sobre eles... São os eternos, os muidos eternos.

"Tipo, quando você fica e tal, tá tudo nas mil maravilhas, você esquece de tudo. E mesmo sabendo que vai ser complicado depois, você não pensa nas consequencias.
Quando chega o outro dia ai lá vem as culpas, os pensamentos negativos... o arrependimento. Mas nada como ele aparecer de novo para você esquecer de tudo o que passou e meter o pé na jaca mais uma vez"

É um muido. Tudo nessa vida é um muido.
Antigamente as coisas eram tão certinhas, tão bem determinadas e resolvidas. É possível que a liberdade que a gente tem hoje pra escolher quem a gente quer e depois fazer com ela o que a gente tem vontade de fazer, trouxe para o mundo dos relacionamentos um pouco de caos, de confusão. Acho que amor pode ser também um sentimento que nós fazemos nascer e crescer, no lugar de ser aquela coisa avassaladora que já vem prontinha e cai bem dentro dos nossos corações.
É tanta gente que ama e não é amada, que ama reciprocamente mas que não dá certo, pessoas que se apaixonam, desapaixonam, tornam a se apaixonar e se cansam... Mas o muido está sempre lá. Ele é a nova modalidade de relacionar-se do mundo moderno. É como um contrato de casamento que você assina com aquelas canetas e que a tinta desaparece depois de um tempo... Você assina pra estabelecer que ali há alguma coisa, mas apenas por um prazo. Se no muido você vê que a pessoa é realmente legal e tal... Bem, ai você assina com tinta de verdade! Você é livre para realizar suas proprias escolhas.
Bom, mas é claro que você sempre carrega um potinho de corretivo na bolsa... nunca se sabe né? Vai que ele é do tipo que mastiga de boca aberta e arrota na sua cara!
É um muido que não acaba mais!
Mas aqui entre a gente, qual seria a graça de tudo se não fosse assim né?
rsrs
We love a muído!

5/06/2009

a-eme-o-erre

Postado por Quanta Luz |

No fundo a gente não sabe de nada. O que a gente espera de uma pessoa ou de um relacionamento tem uma grande chance de não ser absolutamente o que nós realmente queremos. Não tô falando em criar expectativas que não vão ser correspondidas. Falo de estar completamente enganado.

Imaginem que nós somos peixes e o amor é um pedaço de carne preso num anzol. Essa busca por alcançá-lo segue o mesmo princípio de um peixe que vai até a carne: tem fôlego infinito e só enxerga aquilo que procura. Nessa jornada a gente faz qualquer coisa... vai de encontro à correnteza, se perde do cardume e nada veloz inspirados pela recompensa que significa alcançar aquele amor ou, para o peixinho, o pedaço de carne. Para a tristeza comum logo que abocanha o "amor" o peixe tem a infeliz constatação de que está preso no azol, e luta pela vida com a mesma força que lutou por seu objetivo.
Ai eu penso...Será que não somos meio isso? Assustados, nos damos conta que, talvez, tenhamos vivido numa procura semi-eterna daquilo que nós, afinal, não queremos e nem sabemos o que é direito...As vezes a gente quer tanto tanto tanto uma coisa que esquece "por que" queremos. É possível que aquele desejo antigo seja fruto do que nós sentíamos há tempos atrás e que, por hábito ou convenção, determinamos que ainda sentimos.
É algo a se pensar.
Hoje a gente fica com uma pessoa, com duas depois de amanha, ai passa tres meses enfiado num kit sorvete-DVD pra depois achar alguém que, com alguma sorte, será o seu par no dia dos namorados... e que talvez seja até o Natal. Ai depois, um dia, seja porque ele não te dá atenção ou porque tudo convergiu pra dar errado, você termina o relacionamento... mas continua amando, sabe-se lá porque. Você chora aquele choro esperniado, e isto é compreensível. Depois esse sentimento dá lugar a uma tristeza conformada e você até assume que superou tudo com brilhantismo. Mas ai...
Pah!
Basta um miligrama daquele amor "do ano passado" pra que todos os litros de sangue do seu corpo se contaminem pelo desprazer maravilhoso de render-se aos braços da pessoa que lhe agride porque existe! Uma coisa eu digo: não se deixa de gostar de alguém a menos que você consiga olhar nos olhos dela e somente ver a pupila que se dilata. Quem ama invade a alma do outro através dos olhos e para lá viaja com a passagem de volta marcada para o dia de nunca mais.
Eu acho que um relacionamento de verdade é feito para se dividir uma existencia, para que você tenha a certeza de que em algum tempo, em algum lugar, você foi o incio e o fim do mundo para alguém. E o amor é o combustível. Entende? A força propulsora, o cerne da questão, a razão de ser feliz... E não aquilo que te faz mal, que te põe na fossa. Não não, tenha certeza que quando você estiver lá a culpa é de tudo, menos do amor que você sente por uma pessoa e muito menos dela própria. Basta se encarar no espelho e perguntar-se por que está chorando, e sem usar qualquer conjugação do verbo amar. Você vai ver como vai sair os "preciso", "quero", "tinha" e ai você compreende que chora por causa das falhas e lacunas não preenchidas da coluna vertebral de sua alma. A não correspondencia de sentimentos entre duas pessoas deveria ser uma constatação e não uma tragédia antológica.
Mas ainda que eu dissesse tudo que se há pra dizer sobre como amar e não sofrer, ainda assim, de nada adiantaria. Isso porque a gente se nega a acreditar que não será nossa, a maior história de amor de todos os tempos. A gente fecha os olhos para a feiura do alface no dente e prefere permanecer no mundo paranormal da perfeição.
Mas eu não parei de acreditar que tem alguem ai em algum lugar pra mim... Pra nós. Os sonhos podem até ser armadilhas e apaixonar-se ser imprudente. Mas amar... Sei lá...
Acho que o amor tem a ver em desfalecer com um sorriso ou ser fatalmente atingido por um jeito de olhar. Deve ter a ver com querer calcular a equação que rege o balançar do cabelo ao vento, ou o interesse em conhecer as ondas que saem vibrando com tanto poder da garganta que propaga o riso. Acho que amor é conhecer, saber e compreender-se um ao outro de uma forma tão profunda e clara que os pensamentos vão de um pro outro sem precisar ser ditos. Deve ser amor sim quando as vezes a imagem daquele rosto vem na cabeça, sem querer, e o dia de repente é o mundo melhor que tanto sonhamos. É sonhar e não ficar preso no anzol. Amor tem a ver com ser completo para viver em conjunto, e assim um ser o suporte do outro. Amor só pode ser o brinlhante destino de se viver em uma conjução perfeita e forte que é o acima de tudo e o apesar de nada.
Isso é amar.
Isso é o amor...
e nada mais.



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