6/26/2009

todos vão saber

Postado por Quanta Luz |


"Eu sempre me pergunto, como as pessoas namoravam antes do orkut?"


Eu absolutamente não sei como responder essa pergunta.
Uma amiga minha me veio com ela durante a entrevista que eu fazia pro papo de hoje e, sinceramente, eu próprio tenho me questionado a mesma coisa. Acho que a gente tem que admitir que hoje o orkut representa uma intrigante revolução no modo como as pessoas se relacionam entre si. O site, acho que todos concordam, é o RG virtual de um indivíduo e peça primordial no desenvolvimento de ficadas, rolos, casos e, em especial, de namoros.

"O orkut é um elemento importante pra conhecer melhor a pessoa quando você ainda nao está certa do que quer. Tanto é que agora eu tô de muído com um menino e to revoltada porque ele nao tem orkut. Como é que eu vou saber quem ele é? Como vou saber da vida dele?"

Já faz algum tempo que o orkut abandonou o patamar de mero site de relacionamento para se tornar esse fenomeno particular da era virtual. Ninguém mais precisa realmente chegar numa pessoa e abordá-la a fim de alguma coisa. Com o orkut tudo é muito simples... Basta você visitar o perfil da pessoa de forma que o seu nome fique registrado na lista de visitas que ela recebeu. Isso já o suficiente para que, no mínimo, a pessoa saiba que você existe. Se você visita o perfil de novo, e essa visita é retribuida novamente, a regra é clara: é só deixar aquela 'carinha' básica na página de recados ;P e depois adicionar como amigo. Se tudo corre bem até aqui, o MSN entra na história e o resto é desmantelo (vide o N do orkut).
Sem falar nesse aspecto incrível que é a possibilidade de se conhecer uma pessoa sem nunca ter visto ela. As comunidades, o "quem sou eu", os amigos, as fotos, vídeos... Tudo isso é um prato cheio pro "fuçador de orkut alheio". Você consegue descobrir do que aquela pessoa gosta, odeia, quer, faz, come, escolhe, pensa e vive. E isso é ótimo porque evita que se perca tempo com uma pessoa que no fim, talvez nem fosse combinar com a gente.

"Na verdade, o orkut se tornou meio que um sistema de medida para relacionamentos. Se vc pegar o orkut de um casal e tipo... no da namorada tiver mais fotos ou mais recados do que o do namorado ai quem vê de fora já pensa: 'esse num tá nem ai para ela'."

rsrs
É... Em matéria de namoro, o orkut.com é uma ferramenta sem precedentes. Primeiro porque ninguém está oficialmente namorando sem que antes mude o status de relacionamento de "solteiro(a)" para "namorando". Isso é fato. Aliás, não só é fato como é estratégia também. Quer ver só? Olha o que essa menina me confessou:

"[colocar namorando no orkut serve] pra ver se o cara só tá te enrolando. Você combina com ele de botar...Se ele ficar embromando, pronto é enrolaçao na certa! Se não, se ele quiser namorar mesmo, aí vai botar logo... e pronto."

Essa rede de relacionamento funciona como uma espécie de "ei galera, esse sou eu, to aqui!". É uma sociedade virtual para a qual você dá satisfações. Através do seu perfil você mostra como você bombou no ultimo show do biquini cavadão, que bebeu todas no carnaval em Salvador ou que chegou arrasando na inauguração da nova loja de sapatos do shopping. Tem aquelas que postam as fotos da ultima viagem para a Europa, ou aquelas que se poetizam numa praia com amigos. Gente que expõe os trabalhos, que se divulga, que se vende, que se exibe ou apenas reafirma a existência. É um imenso painel social ou, como categoriza algumas, "bom pra avisar a todas as invejosas que aquele bofe é seu". rsrs Ah, essas mulheres... Elas também falam sobre o site ser uma espécie de suporte técnico ou mesmo termometro de um relacionamento. Uma ferramenta por meio da qual elas monitoram e controlam tudo (bem a cara delas fazer isso).

"se o menino não quer botar uma foto nossa, por exemplo, a gente ja fica desconfiada..."

"Só coloca-se o namorando no orkut quando vc quer que as pessoas (mulheres) saibam que o seu 'homem' ta namorando , é mais uma questao de posse do que qualquer outra coisa, e geralmente o namorando vem acompanhado de um recado que nao se apaga ou de um depoimento pra dizer: eu to namorando e essa é a minha namorada!"

Creio que os sinais mais visíveis da sua influencia vem num momento relativamente comum de um relacionamento: quando os dois se dão um tempo. Nesse processo e diante da indefinição das coisas, status de relacionamento desaparece. E o fato de algum dos dois deletar as fotos e depoimentos apaixonados certamente determinam a gravidade da situação.
Mas eu tenho aqui pra mim que o que elas mais adoram é o orkut ser esse incrível, poderoso e revolucionário "detector de vadia" que lhe dá a chance de identificar "aquele tipinho" que fica rodeando a pessoa com quem você tá ficando, namorando ou seja lá o que. Ai já viu né... crise de ciume = fight.

"O orkut é tipo um vigia do namoro... ele deixa você a par das coisas, você controla tudo.. até as coisas imbecis que ele nao lhe conta! o orkut é um fofoqueiro e pras pessoas ciumentas pode ser 'a' arma letal."

"eu já tive altas brigas por causa de orkut, mais por recadinho de vaca [rsrs] que fazia de propósito... Colocava os recados em cima do meu pra provocar mesmo."

"Ah orkut é motivo de briga. Acho que a minha primeira briga com meu namorado foi pra ele botar 'namorando' e uma foto minha."

Incrível. Quem poderia imaginar as transformações que o okrut provocaria em nossas vidas e na forma como a gente se relaciona com os outros? Toda vez que a gente acessa o nosso perfil, um mundo de pessoas de todas as cores e longitude se descortina na frente de nossos olhos. É doce a surpresa de receber um depoimento inesperado, um recado aguardado ou um convite da última pessoa fascinante que a gente conheceu. A curiosidade que nos é intríseca nos move click-a-click como num imenso big brother virtual onde tudo se espalha tão rápido quanto uma fofoca. Quem nunca copiou link de orkut e colou numa conversa de MSN, tudo devidamente escoltado por cochicos e segredos? Todo mundo sabe da vida dos outros e tenta fazer da sua prórpria, uma atração a parte. Há quem tente ignorar, que exclua o perfil (e volte a criar um novo) ou que gaste a maior parte de suas horas nesse mundo viciante. Mas não tem como fugir. Bastou digitar orkut.com para estar condenado e abençoado por este mundo sutil em que o virtualismo liquefaz as relações humanas e compacta em alguns kbytes nossos sentimentos mais transbordantes.
Ah! E quanto a como as pessoas namoravam antes do orkut...
Bom, vida sem ele é absolutamente um pensamento descabido.

Não é?

(elas e eu no meio tambem tem perfil! Quem quiser adiciona:

http://www.orkut.com.br/Main#Profile.aspx?uid=2824234119659712250 )

xero!


6/19/2009

elas e Eu no meio

Postado por Quanta Luz |

A gente não tem a mínima noção do poder que a internet tem. Essa semana fui olhar as estatísticas de visita do blog e achei incrível a quantidade de acessos vindos lá do rio, são paulo, portugal e até de países nada a ver como estados unidos e alemanha. Talvez gente do Brasil que mora por lá ou alguns acasos de se clicar num canto e cair aqui. Fato é que foge do meu controle determinar o alcance de tudo o que a gente conversa nesse nosso velho sofá de guerra. E hoje, em especial, aconteceu um episódio que definitivamente entrará para o hall vermelho do blog: dei o meu primeiro autógrafo.

Nunca fui capaz de me imaginar assinando meu nome pra alguém (tudo mentira, já me assisti até no Jô rsrs). Hoje tava na faculdade conversando com elas e eles quando alguém falou por algum motivo sobre o blog no qual eu escrevia.

- Tu tem um blog é?
- Tenho
- elas e eu no meio? - a menina disse tirando onda.
- É...
- É tu que escreve naquele blog??

Ela passou mais ou menos uns dois minutos sem acreditar que estava diante do "eu" do "meio delas". Eu tambem fiquei sem acreditar na hora porque ela começou a ligar pras amigas delas dizendo coisas do tipo "eu estudo com o autor do elas e eu no meio!!!". E sem falar que a menina com quem ela tava falando é, inclusive, frequentadora do nosso sofá e já tinha me presenteado com elogios, me idealizando como um "garoto blogueiro das terras do sul".
Pra completar e fechar com chave de ouro, a menina ainda me pediu um autografo. Confesso que as palavras me faltarm porque eu nao faço ideia do que se escreve num autografo com dedicatoria. Registrei o momento com uma foto, claro. Foi histórico. Fiquei sem graça, mas me achando todo importante rsrsrs (valeu Maitê ;D).
A verdade é que desde o dia em que eu comecei a escrever aqui, minhas intenções sempre foram muito intimistas e nunca tive nenhuma pretensão de levar o blog tão longe. Na realidade eu não tinha intenção de nada... Eu só queria parar de escrever sobre mim e escrever textos nos quais as pessoas se vizualizassem. E acho que consegui até muito mais que isso.
Fico feliz que hoje eu tenha conquistado leitores e leitoras e que de alguma forma os tenha ajudado ou provocado bons sentimentos. Na realidade não é esforço nenhum pra mim jogar-me preguiçosamente neste sofá e falar sobre os temas que são recorrentes no dia-a-dia delas ou, como costumo dizer, dentro do backstage. As mulheres são, alias, um backstage ambulante, bora combinar né. Espelhinho, escova, retoque de batom, cochicos, fofocas... O mundo feminino é repleto de pequenos mistérios e deliciosas particularidades. Há um grande charme nesse lance do segredo que as mulheres guardam por natureza... Como se elas fossem um enigma vivo a ser desvendado. Gosto de acreditar que elas tem um grande segredo escondido por tras dos meios sorrisos e da precisão convicta dos olhares.
E acho que por serem esses seres tão paranormais e intrigantes, é que faço questão de viver um elas e eu no meio diário. Não importa se o meio é o ponto de onibus, o shopping ou o quarto... Só preciso delas e de lugar pra conversar. E quanto ao que elas conversam... Bom, vocês sabem, eu não resisto, venho sempre aqui correndo pra contar!


Um xero e um abraço pra todas que fazem e leem esse blog.
E aos meninos que se intrigam com este caso, bem...
posso ficar no aperto de mão.
rsrs
;)

6/11/2009

"ah amor, adorei!"

Postado por Quanta Luz |

Ontem "prestei" meus serviços de (pseudo)personal stylist pra uma amiga minha . Alias, não pra ela realmente, porque a roupa era pro namorado dela, mas enfim... Já viu a missão impossível que é inventar e depois encontrar um presente pra uma pessoa que eu nem conheço direito né? Beleza. Lá fomos nós à caça.
Entramos numa loja masculina dessas tradicionais que é mais difícil de errar o presente. Já começaram barrando a gente na entrada ¬¬... Não fosse o "Deixa entrar, deixa entrar!" vindo lá de dentro, a gente tinha quebrado a cara no vidro da vitrine. Tava um caos, sufocado de gente. Todo mundo procurando roupa pro namorado. O que parecia era que os carinhas lá tinham descido todas as roupas e jogado aos bolos pelos cantos. O homem que tinha gritado o "Deixa entrar", na verdade era o vendedor que veio naquela simpatia sádica querendo comissão (e eu pensando que tinham deixado a gente entrar por puro VIPismo =~).


- Oi! Posso ajudar?
- Camisa masculina - a menina disse
- Vou adivinhar...camisa pro namorado? - ele perguntou com aquela cara de espertalhão do pedaço.
- É.
- Qual o estilo dele?
- É, qual o estilo dele? - perguntei também sem a mínima noçao de pra onde ir.
- Não sei... Eu queria mudar ele.

rsrsrs
Mulher é engraçado. Tem sempre alguma coisinha neles que as incomoda... Assim como, obviamente, existem coisas nelas que incomodam eles. O detalhe é que elas não se conformam até que consigam eliminar o elemento estranho do cara. Pior é que com esse jeitinho de quem não quer nada elas acabam transformando os homens no que elas querem...e olha que eu ja vi dessas coisas viu. Acontece mesmo.

- A gente tem aquelas pólos ali - o carinha apontou pro lado
- Deixa que eu vejo aqui... você olha as outras ali - eu já entrando no espírito garimpeiro em busca de ouro.
(5 minutos e 20 pólos depois)
- Olha essa aqui! - gritei. Tava uma algazarra mesmo.
- Gostasse dessa? - ela perguntou com a cara de "meio assim".
- Gostei, é uma cor bonita e achei a cara dele - quando eu disse a "cara dele" quis dizer a cara mesmo, no literal.
- É... Não sei, é porque ela é listrada...
O vendedor se mete:
- A coleção nova veio toda com listras, tá saindo muito.

Ok. Descartamos aquela. Migramos para a motanha de camisas do outro lado. Revirei tudo e achamos umas bem interessantes, e estas particularmente não tinham do tamanho dele, novidade. Vira, revira... Nada. O tal do vendedor chegou trazendo um modelo básico, mas listrado. Gostei dela... Ficamos na dúvida.

- É, essa aqui tá bem diferenciada, tá bem legal - disse o espertalhão
- Não sei qual delas é melhor - pensei alto.
- É... Essas estão bem legais, tão bem diferenciadas.

O interessante do vendedor homem é que ele, para preservar a masculinidade, não pode dizer que a camisa "tá linda" o que é um bom adjetivo, mas feminino demais prum machão. E como eles não entendem nada de roupa, eles tem que se virar com o "bem legal" e agora essa que eu nunca tinha ouvido na vida e já não gosto, o "bem diferenciada". Deu vontade de rir na cara dele e perguntar o que ele queria dizer com o diferenciada.
Mas ainda estávamos num dilema insolucionável. Qual levar? Nessa hora fomos avaliar o que iria combinar com que. A verdade é que a opção 2, segundo minha lynda amiga, não combinava com quase nada que ele tinha. A outra era mais universal. Nossa salvação veio da amiga da amiga que estava já saindo da loja com o presente (adoro um elas e eu no meio).

- Tá comprando presente também é? - 'amiga da amiga' perguntou. Retoricamente, claro.
- É, to tentando escolher aqui...
Me meti:
- Essa aqui tá mais bonita, as cores são melhores.
Ela entendida do namorado da amiga:
- É, mas essa é apagada, a pele dele é muito clara, essa aqui fica melhor - sentenciou

Acabamos levando a opção 1. Combinava melhor com tudo, inclusive com a pele dele rsrs. Entregamos a blusa ao vendedor, que a esta altura já tava petenlhando outros clientes, e ele nos levou ao caixa. Embalado pra presente e pago em 72 vezes como permite nosso adorável mundo capitalista, fomos eu e ela comer (claro!) em algum lugar "bem legal" e com aquele sentimento de "se ele não gostar, ele vem e troca".
Dia dos namorados é sempre isso, não tem jeito, os presentes são protagonistas. As mais artísticas tem a sorte de poder elas mesmas fazer seus próprios presentes originais e criativos. As boas de cozinha, pegam de jeito com o jantar especial. As boas de cama se dão literalmente de presente (yeaahh). E as que são autenticas brasileiras que deixam pra comprar o presente de ultima hora... Bem, não resta alternativas senão comprar blusas "diferenciadas"!

rsrs
Mon Dieu!

6/04/2009

quando dois viram um

Postado por Quanta Luz |

Um dia chegaria a hora em que nós teríamos que falar sobre casamento. É sagrado: "onde duas ou mais estiverem juntas, ali falar-se-á sobre matrimônio". A santificada união de duas pessoas que se amam é uma das celebrações mais antigas da história da humanidade e, não por isso, tema atual e sempre debatido de uma sociedade. Igreja ou cartório, festão ou reuniãozinha, lua de mel em Bali ou na cozinha do novo apartamento... Bem, não importa o que ou como, fato é que todo mundo um dia se junta com alguém.

E acho que nada mais apropriado que falar de casamento uma vez que sábado já é dia de se prestar homenagens (ou reafirmar desavenças) ao bendito santo casamenteiro, o tal do Santo Antonio. Quem tem par pode pagar as promessas e dar beijo a vontade no santo. Gente como eu e a metade da torcida do flamengo, no entanto, o põe de cabeça pra baixo no altar até que ele se resolva de encontrar um bom partido. Está em falta gente que valha "a dor de amar" e o matrimônio tem se tornado cada vez mais raro.
Há anos atrás era bem mais fácil ouvir o sino da igreja badalando um casamento porque antes as coisas eram uma espécie de contrato de interesses. O casal se unia de forma que um fosse o suporte técnico do outro. O homem desempenhava o seu papel de oferecer uma determinada qualidade de vida para mulher e filhos que assim representavam uma imagem bonita diante de uma sociedade enjoadinha. Anos depois o casamento passou a ser uma consequência disto que a gente vive morrendo e morre vivendo: de amor. As pessoas passaram a se preocupar menos com a instituição familiar e mais na plenitude de uma vida a dois.
Atualmente as mulheres mais moderninhas nem fazem questão de quebrar toda a cerimônia: só dão aquela passada no cartório pra depois ir morar junto. As menos conservadoras podem até abrir mão da igreja por uma praia, mas exigem a presença do padre. Já as tradicionais, noutra vertente, se deliciam com todo ritual que envolve um casamento, com direito a luz divina pairando sobre a brancura imaculada do vestido. E há também as mulheres que preferem apenas juntar as escovas e dividir o mesmo lençol sem que para isso precise assinar em algum lugar.
De fato, todo mundo hoje em dia vive uma bem-vinda onda de descompromisso. Todos os relacionamentos, todas as ficadas, toda qualquer coisa com alguém representa um processo experimental do casamento. As pessoas podem ir e vir, ir e ficar, provar e não gostar ou mesmo gostar e não provar. Em outras palavras essas coisas funcionam como uma espécie de test drive... Você vai experimetando, amaciando o produto, e ai depois quando você vê que a coisa realmente dá certo... ai casa.
Ou não?
Bom, na realidade tem gente que é tão autosuficiente que jamais sobreviveria a um casamento mesmo. Individualidade demais ou egoismos intragáveis podem ser os motivos exatos pra se dar descarga na aliança. É que esses tipos de sentimento não tem nada a ver com isso. Casamento é sobre conciliar, saber ceder em determinadas horas e em entender que a convivência é uma arte que exige paciencia, respeito e vontade de fazer dar certo.
Com o tempo se aprende que o amor, embora seja o motivo do casamento, fatalmente se tornará a razão pela qual você não se divorcia. As mulheres são intimadas a saber lidar com o futebol das quartas e domingos, com a eventual cervejinha depois do expediente (cervejinha que pode ser o nome que ele dá à outra oO) e aprender a passar por cima daquela amnésia relacionada a cores, roupas e datas. Os homens, deste outro lado, precisam fazer vista grossa à química feminina com seus altos e baixos ao mesmo tempo em que deve realizar exercicios de paciencia toda vez que uma DR inútil é posta na mesa no lugar do jantar. É justamente por isso que o casamento é a expressão máxima do amor: porque ele é capaz de fazer duas pessoas se odiarem, dando-se as costas ao dormir, ao mesmo tempo em que lhes mostra como o amor é maior que as desavenças na hora em que os dois acordam abraçados, sem querer, de manhã cedo.
Não importa se o casamento veio depois do altar, se foi antes dos 20 ou se foi apenas um "caminhão" de mudanças com malas e um liquidificador. Fato é que o casamento é muito mais um estado de espírito que um estado civil. Quando dois não se batem ou um não quer, não há Santo Antonio que interceda nem promessa que se cumpra. É preciso amar mesmo de verdade e se dar bem pra se fazer cumprir os votos matrimoniais, que aliás dizem tudo isso que eu já disse aqui.
É um problema quase matemático encontrar a pessoa certa. Tem gente que já achou, gente que acha que achou e gente que acha que achar é impossível. Queira ou não esse achado todo uma hora vai ter que terminar num belo e sonoro "Aceito".
Na alegria e na tristeza, na riqueza e na pobreza, na saúde e na doença, até que a morte separe.
Bem, tenho que admitir.... essa é a coisa mais incrível que alguém já escreveu sobre dois serem um.

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